terça-feira, 18 de maio de 2010
Diz um provérbio africano: “Quem educa uma mulher (menina), educa um povo.” A sociedade africana, apesar de machista (esta é uma herança cultural), delega a responsabilidade da educação dos filhos à mulher. Isso porque a mulher (mãe) convive com as crianças mais tempo do que os homens. Até na hora das refeições, a mãe come em separado com as crianças e o pai fica com os seus filhos adultos ou amigos do outro lado.
Destacamos também o fato da criança viver os seus primeiros meses de vida “grudado” na mãe. A mãe amarra o filho todo nu nas suas costas, que também estão nuas. Este contato, no sentido literal do termo, faz com que a mãe transmita para a criança todo o seu ser maternal, como se os fluídos do seu corpo penetrassem diretamente na criança.
Outro fator importante é o fato da criança acompanhar a mãe em todos os lugares. É no caminho da roça, quando vai buscar água na bomba, na execução dos trabalhos domésticos, etc. A criança é a companheira fiel da mãe em todas as suas ações durante o dia e, à noite, ainda dorme no chão encostadinha na mãe. Podemos relacionar ainda um outro aspecto que é estritamente cultural: o sistema matriarcal. Esse sistema determina que a herança vem do lado maternal e não do paternal. Logo, a criança é bem educada e orientada pela sua família do lado maternal.
Na sociedade africana a criança é verdadeiramente a glória da mãe. A mulher será bem estimada pelo seu marido e seus familiares pelo número de filhos que ela colocar no mundo.
A mulher, por este motivo, sempre deseja ter muitos filhos. No entanto, ela evita de dar a luz todos os anos, para não fazer sofrer o último filhinho que ainda está sendo amamentado no peito. Como não existe nenhum método contraceptivo na tradição africana, então o marido evita de ter relações sexuais com a sua mulher durante os oito meses que seguem o parto.
Postado por Mannuelly
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